Descrição
A produção poética de Alfredo Costa Monteiro é marcada por uma síntese muito pessoal da corrente dadaísta e do movimento da poesia concreta. O móbil da sua escrita é o desvendar dos mistérios da linguagem, das suas coincidências expressivas, às vezes tão inacreditavelmente coincidentes que não podem ser apenas lúdicas, mas que são, para o poeta, vislumbres de combinatórias ocultas em acção. Sobre o poema “Avidamente”, Alfredo Costa Monteiro diz-nos o seguinte:
«A árvore sempre tem sido um símbolo de sabedoria. Dos seus ramos, caem frutos que são alimento para o pensamento; frutos proibidos, não esqueçamos. Mas isso, parece já ser uma história antiga. Ou talvez nem seja assim tão antiga. E se calhar é por isso que essa desordem aparente acaba por formar uma mensagem, impressa nessa prata tão buscada pelos alquimistas e que parece levar a um enigma: não sabemos qual é a mentira, mas intuímos que nela está a realidade do mundo. Aqui, a poesia já não é inspiração, nem verso, nem outra coisa do que simples combinatória, como um código para decifrar; nasce do espaço que existe entre as letras para dar outro sentido àquilo que já conhecemos.» (Barcelona, Março 2014)
“Avidamente” é uma serigrafia assinada e numerada com uma tiragem de 20 exemplares. Por ser um produto manufacturado é possível que haja pequenas diferenças em cada uma das impressões
A serigrafia é vendida sem moldura ou suporte e enviada para qualquer lugar no mundo num envelope reforçado e protegido livre de plástico com informação de “tracking” dos correios.
Maria Antónia Ribeiro –
Gosto tanto!